A Mulher Negra e a Não Monogamia na prática

“Não quero sugar todo seu leite
Nem quero você enfeite do meu ser
Apenas te peço que respeite
O meu louco querer

Não importa com quem você se deite
Que você se deleite seja com quem for
Apenas te peço que aceite
O meu estranho amor”

Nosso estranho amor – Caetano Veloso

Este não é um manual prático de como se tornar não-monogâmica, tão pouco é uma história de amor. Ou melhor não só de amor.

Durante minha vida toda, eu tive oportunidade de me relacionar com pessoas completamente diferentes, com ideais, sonhos, formatos de família diferentes e principalmente um conceito diferente do que é amor.

Namorei meninos e meninas, casei formal e informalmente, fui um “trisal” (palavra horrorosa) e em todos os relacionamentos existiam regras de como eu deveria me comportar, o que eu poderia fazer ou não, o que poderia ou deveria dizer, onde ir, o que vestir, como receber um caminhão de expectativas alheias e desconhecidas da minha pessoa e onde depositar as minhas frustrações. E de onde vinham essas regras? De todos os livros, filmes, historinhas de amor que a gente passa a vida toda consumindo, e eu não tenho a menor vergonha de dizer que eu consumo mesmo e até hoje, de Sex and City ao reality show das Kardashian. Mas apesar do meu ponto de vista turvo pelo amor romântico sempre me martelou a mente a questão do porque o amor que deveria ser um sentimento tão bom, causar tanta dor, sofrimento, amarras a ponto do alvo do nosso afeto acabar se tornando um inimigo íntimo? E porque o amor não poderia ser livre e distribuído a quem quiséssemos e quando quiséssemos da mesma forma como fazemos com as amizades?

Felizmente as regras existem para serem quebradas então vamos falar um pouco do que aconteceu quando algumas barreiras foram quebradas para dar espaço a uma nova experiência de vida.

De todos os relacionamentos que tive, um dos que me fizeram mais completa e feliz foi o poliamor, mas na época nós não falávamos sobre o assunto, não chegávamos sequer a nomear o que tínhamos ou nos apresentar como tal, nós apenas éramos e por um tempo estávamos bem com isso, até precisar dar nomes e assumir posturas. Dos três, alguém não segurou a onda de precisar lidar com a sociedade e para além disso, a maior cobrança era: Como era possível gostar de duas pessoas ao mesmo tempo de maneira igual?

Surgia no meio de um relacionamento até então saudável a boa e velha culpa cristã, que minou com tudo e quase enlouqueceu uma das partes desta pequena estrutura familiar de 3 pessoas.

Estar com uma outra pessoa sem formar um casal, mesmo que as partes concordem precisava ser traição, não é assim? E sendo algo errado precisa ter um castigo, mas se estava todo mundo de acordo está errado mesmo assim? Bom este é o ponto em que a pessoa volta três casas no jogo do amor e fica uma rodada sem jogar pensando neste ciclo sem fim, até entender (ou não) que se trata de culpa, e ela existe porque temos conceitos particulares de certo e errado moldados pela sociedade em que vivemos e somos nós nos cobrando.

Quando esta dúvida existencial caiu no meu colo, na minha cabeça só passou: Ué, mas não é assim com todo mundo? As pessoas não gostam de mais de uma pessoa ao mesmo tempo e na mesma intensidade? – Eu achava totalmente possível, não tinha dificuldades de focar o meu amor a uma pessoa numa relação monogâmica, mas fazia porque a relação era assim e não porque amando aquela pessoa tinha perdido a capacidade de me interessar por outras. E olha eu errada aqui imaginando que meus padrões de certo e errado poderiam se aplicar ao outro. Aliás erramos demais por supor, passando por cima da subjetividade do outro, mas ai já é outra história.

Vivemos numa sociedade que nos impõe determinados padrões de comportamento, que não raro engolimos com facilidade porque “sempre foi assim”. O fato de sempre ter sido assim não significa necessariamente que seja bom, positivo ou que não exista apenas parar manter o sistema.

Amor: um ato político?

Segundo o Houaiss monogamia é um regime ou costume em que é IMPOSTO ao homem ou à mulher ter apenas um cônjuge, enquanto se mantiver vigente o seu casamento.

Segundo o Michaelis a coisa fica bem pior e extremamente heteronormativa:

Monogamia: 1 – Estado conjugal em que um homem desposa uma única mulher ou uma mulher desposa um só homem. 2 – União exclusiva de um macho com uma única fêmea.

Se uma determinada situação me é IMPOSTA, exige exclusividade e em algumas definições um formato padrão do que é o tal casal envolvido, já acende a luzinha vermelha que me diz: Em nome de que eu faria esse tipo de coisa, deve existir um proposito não? As pessoas não acordaram simplesmente um dia e disseram “vamos nos acorrentar por que vai ser da hora”. Sociedades não são formadas dessa maneira certo?

A monogamia e em algumas sociedades a poligamia, é o elo que sustenta o funcionamento de uma sociedade baseada no modo de produção baseado na propriedade privada e também sustenta o modo de produção patriarcal.

Em “A Origem da Família, da Propriedade Privada e do Estado” Engels mencionas os diversos formatos de organização familiar e reprodutiva que existiram ao longo dos anos e como esses formatos se tornaram necessários para alicerçar e normatizar a estrutura destas sociedades.

O domínio patriarcal – palavra originaria do termo patriarcado que se refere a um território ou jurisdição governado por um patriarca e tem seu uso no sentido de orientação masculina da organização social surgindo pela primeira vez entre os hebreus no século IV para qualificar o líder de uma sociedade (resumo da ópera o líder HOMEM de uma sociedade) – assim como a propriedade privada tornou-se norma em diversas sociedades e expandiu-se de tal forma até ganhar domínio quase mundial. Poder e posse concentrado nas mãos do patriarca, garantir a manutenção dessas posses entre sua linhagem só era possível se sua prole fosse reconhecida, para garantir que isso acontecesse nada melhor do que restringir a liberdade sexual da mulher através de um casamento em regime de exclusividade.

Mesmo em sociedades em que existe a poligamia, o padrão normatizado e instituído é o de um homem que pode “tomar” como esposa mais de uma mulher. O funcionamento é o mesmo, todos sabem quem é o pai e a mãe da criança independentemente do número de esposas envolvidas.

Em linhas bem gerais, a monogamia e os atuais formatos de família normatizados existem para manter a sociedade capitalista que temos hoje.  Desconstruir a monogamia é quebrar com dois parâmetros, o da manutenção de um sistema capitalista e quebrar com o patriarcado.

Eu disse lá em cima que isto não era uma história sobre amor não disse? Mas e se desligarmos um pouquinho da questão política da monogamia e nos concentramos apenas nas subjetividades dos envolvidos no amor-livre.

 Ah o amor livre, este estranho

Tive a oportunidade de pesquisar e saber mais sobre relações livres através da internet. Estava num grupo de poliamor, depois descobri o RLI. Encontrei ali pessoas que compartilhavam de algumas ideias, outras que levantavam e debatiam questões que também me afligiam, compartilhávamos experiências. Porém, embora na teoria tudo seja lindo, a prática é bem mais complicada do que a gente pode pensar. Não deveria, mas é.

Partimos do princípio de que Amor Livre é o nome genérico que se costuma dar para diversas práticas de amor, relacionamento romântico ou sexual, envolvimento pessoal intenso e terno – ou fugaz porém respeitoso das pessoas envolvidas. O casamento ou relacionamento aberto que discordem da monogamia compulsória, ou seja, que discorde do formato de amar e se relacionar exclusivamente com uma pessoa por OBRIGAÇÃO.

Mas este conceito do que deveria ser o Amor Livre não reflete exatamente o que a palavra deveria significar, liberdade não é só Não Monogamia e não reflete o RLI por exemplo.

Uma relação aberta implica em um casal ou grupo de pessoas que define em conjunto que um de seus membros pode ser relacionar com uma ou mais pessoas, porém (sempre tem o porém) na maioria dos casos quando se trata de uma relação hétero por exemplo existe a permissão baseada naquilo que o outro aceite como “normal”. Normalmente a mulher na relação só pode ser relacionar com outras mulheres e o homem acaba se relacionando com outras mulheres. Existe ai uma regra, e se existe a regra, não existe liberdade no amar.

O poliamor, mesmo batendo de frente com a monogamia também não constitui um padrão de liberdade total, uma vez que as pessoas envolvidas na pratica poliamoristas participam não apenas da escolha de quem adentra o relacionamento mas também convive com aquele núcleo que passa a ser exclusivo (muitas pessoas, com um compromisso).

As relações livres versam sobre a individualidade de cada um com relação ao amor. Pode-se amar quem e quantos quiser e as pessoas com quem você se relaciona, cientes do seu formato de amor vivem com a mesma liberdade de ser, podendo ou não se relacionar com uma pessoa só se assim quiserem (percebam que não está sendo imposto que se viva com uma pessoa só, assim como não está imposto que você precisa se relacionar com várias). É o mais próximo de liberdade que eu encontrei, mas embora seja uma teoria linda na pratica a ideia de liberdade se confunde com a falta de cuidado, responsabilidade e carinho com as pessoas envolvidas. E aqui não estou generalizando, só não estou tapando o sol com a peneira. E isso acontece por um probleminha muito simples, por mais que os modelos de relações sejam diversos, o conceito de amor e liberdade continuam sendo particulares e também diversos.

O que é que eu vou fazer com esta tal liberdade se estou na solidão pensando em você

Voltando ao dicionário. Segundo o Houaiss, bom e velho companheiro de guerra, Liberdade é:

1. Faculdade de cada um se decidir ou agir segundo a própria determinação 2. Poder de agir, no seio de uma sociedade organizada, segundo a própria determinação, dentro dos limites impostos por normas definidas: Faculdade de praticar tudo quanto não é proibido por lei.

Então quer dizer que se a liberdade está ligada as minhas determinações, significa que amar livremente vai estar ligado a diretamente ao que eu entendo sobre o amor.

Somos ensinados que quem ama cuida, que o ciúme é parte deste cuidado, que para cuidar temos o direito de passar por cima da vontade do outro (ou nem tomar conhecimento dela) deste que seja o melhor para a pessoa ou o casal. Mas isso é amor? Segundo o dicionário é quase isso infelizmente:

(do Aurélio) Amor:  Sentimento que predispõe alguém a desejar outrem. 2. Sentimento de dedicação absoluta de um ser a outro, ou uma coisa. 3. Inclinação ditada por laços de família. 4. Inclinação sexual forte por outra pessoa. 5. Afeição, amizade, simpatia. (Antônimo: ódio, aversão).6. O objeto de amor.

Meu amor não tem relação nenhuma com as definições de amor ai de cima, talvez só com os itens que envolvem afeição, amizade, simpatia somados ao sentimento de desejar outrem (e ficar na torcida pra que me desejem de volta) e é isso. A dedicação absoluta me assusta, mas obviamente vou me dedicar a todas as pessoas por quem eu me sentir ligada, apaixonada, amando. Mas e qual é o conceito de amor do outro? Eu não conheço, então por mais livre que eu esteja com o meu formato de amar, ainda tenho que lidar com o que é amor para o alvo do meu afeto e é ai que a porca torce o rabo.

Entre os maiores problemas dos praticantes do Amor Livre estão as reações populares que incluem:

1 – Achar que amor livre é sexo 24 horas por dia, 7 dias na semana, com qualquer um, a qualquer momento.

No segundo seguinte em que comunico que não sou monogâmica esta ligação se instala na mente da pessoa (e muitos não monogâmicos) e me coloca numa posição de sexo fácil. É como se ao invés de escutar que sou não-monogâmica as pessoas escutem: sou viciada em sexo, tem como você tirar a roupa AGORA?

Cada oi, cada bom dia, cada mensagem no whatsapp vira um convite para a cama. E não, não é assim que funciona, isso não é amor livre. Amor livre envolve liberdade sexual sim, mas eu sou livre para querer sexo ou não, para determinar com quem eu quero ter um envolvimento sexual e com quem eu terei laços afetivos que não possuem esse envolvimento. Bem como posso me envolver sexualmente com alguém sem querer um laço com esta pessoa. O sexo e o choro é livre. Mas relações livres não tem necessariamente que envolver sexo o tempo todo.

2- Como manter um laço afetivo numa relação que não pode ter um nome?

Novamente sem generalizar, nunca foi tão difícil nomear o inominável. Se não estou casada, porque trata-se de uma relação monogâmica com tudo aquilo sobre o que já falamos, se o “namoro” convencional (namoro entre aspas aqui porque pessoas não monogâmicas namoram, apenas não o fazem conforme as regras que bem conhecemos que envolve cobrança e ciúmes) implica em duas pessoas se relacionando exclusivamente, se eu não quero tratar (e nem devo) como uma “pegada”, um casinho, um momento, eu estou vivendo o que?

Existe uma imensa dificuldade de fazer entender que as relações são livres mas são sérias, ou podem ser tão sérias quanto qualquer outra relação baseada em contratos e alianças, afinal não existe a cobrança por seriedade, longevidade e etc quando há liberdade no amor. Não precisam necessariamente ter um nome, são laços afetivos e fim, mas é algo para ser desconstruído e lidar com a seriedade da relação não é colocar uma aliança no dedo da pessoa (alianças são criadas de inúmeras maneiras e com significados diversos, mas não vamos entrar neste assunto agora, não vamos falar de símbolos), ligar o tempo todo, saber onde a pessoa está o que comeu. Mas sim se responsabilizar também pelo que aquela pessoa está sentindo, estar aberto ao diálogo, lembrar que mesmo em liberdade estamos sujeitos a fazer cagadas porque as pessoas não sentem da mesma maneira e nem são obrigadas a sentir de forma parecida. Se não há espaço pra dialogo por qualquer que seja o tabu estabelecido na relação ela por si só já deixou de ser livre certo?

3 – Se eu não posso cobrar do outro um posicionamento, como demonstrar afeto ou grau de importância?

Nenhum tipo de comportamento afetivo é exclusivo a uma determinada pratica amorosa. Ser não monogâmica não me tira a vontade de ir no cinema com alguém, de jantar com alguém, de morar com a pessoa, de criar filhos. Tudo é possível, a maneira como eu coloco as minhas vontades e expectativas para o outro é que modificam tudo. Se essas são minhas vontades quem tem que lidar com elas sou eu, eu posso apenas participar as ideias pra pessoa que está comigo naquele momento da minha vida. Às vezes a vontade é igual, as vezes é melhor encontrar outra pessoa para ver o filme, jantar, dormir de conchinha.

No amor livre a frase do pequeno príncipe não é válida, não sou eternamente responsável por aqueles que cativo, o amor que eu sinto é de responsabilidade minha, e o amor que é dedicado a mim é de responsabilidade de quem doa e no meio de tanto amor as pessoas se encontram, e quando se encontram se cuidam mutuamente.

Amar livremente ainda me permite dar presentes, escrever cartas, me declarar. Mas o medão que dá da pessoa fugir para as colinas por imaginar que estas coisas vão atira-la no abismo da exclusividade das relações possessivas está ali tão presente que dá para cortar com uma faca.

4 – Mas e os padrões que a sociedade já impõe com relação ao comportamento da mulher negra e como ela é vista pela sociedade?

A mulher negra já é vista como um objeto a ser utilizado, está ali para servir. Quebrar esse paradigma nas relações vem sendo um dos maiores desafios na minha vida. As relações livres ainda são vistas como um problema menor numa sociedade com tanto nó para lidar. Como podemos estar preocupados com os formatos de relações num universo machista e racista? Ora quando eu me recuso a pertencer a alguém porque eu sou minha eu já estou num embate direto com estas duas vertentes do chorume, desconstruo relações de poder. E ai voltamos ao lance de que o Amor também é político.

Como mulher negra eu fui subjugada ao que deveria ser meu papel na sociedade, eu deveria me casar, ter filhos, construir uma família, ser fiel a “meu homem” e neste formato de família aceitar que esta seria a única forma de viver e ser considerada uma negra bem sucedida na vida. Sim porque entre a população negra a família nos moldes padrão heteronormativo cristão, ainda constituem uma espécie de prêmio a ser alcançado e ainda respondemos a este tipo de cobrança. Quebrar com este padrão no âmbito familiar, desconstruir a ideia de família, descobrir novas possibilidades e formatos de viver é sempre um desafio e com o amor não é diferente.

Ser uma livre amorista negra ainda traz o estigma de estar duplamente disponível para o sexo. A naturalidade com que o corpo negro é objetificado mais as confusões criadas pela interpretação do que é a liberdade no amar geram formatos de tratamento diferenciados que nem de longe são lisonjeiros.

Existe todo um horror e um incomodo estampado no rosto das pessoas quando uma mulher negra subverte o senso comum e se mostra dona de seu prazer, do seu corpo, das suas escolhas.

 Amor só dura em liberdade

Amar livremente é poder amar e deixar amar uma ou mais pessoas sem restrições impostas. Sem regras, sem amarras, sem um modelo de como deve funcionar sua relação para que ela exista e para que seja amor.

Eu disse também que isto não era um manual lembra? Este é meu ponto de vista sobre o que eu entendo por liberdade, o que eu entendo por amor e quais são os desafios que eu tenho encontrado nesta minha desconstrução, do lidar com pessoas com personalidades diferentes, conceitos diferentes, carinhos diferentes.

Amar mais de uma pessoa é possível, no amor livre estas relações não serão superficiais, não se engane, terão a mesma intensidade, os mesmos prazeres, possivelmente até os mesmos planos, com a enorme diferença de não estar fazendo nada por obrigação. Se optamos por estar junto de alguém é exclusivamente porque aquela pessoa nos faz bem naquele momento, e enquanto for bom para ambas as partes que o outro fique e se é tão bom pra mim porque este bem não pode chegar até outras pessoas?

O amor vai ser sempre algo complicado, subjetivo, idealizado, mas não precisa ser o tempo todo assim, basta a gente se permitir amar do jeito que puder, do jeito que quiser, do jeito que der, mas amar.

Hoje é o dia dos namorados, data inventada para manter o sistema capitalista e fazer a gente gastar o dinheiro que às vezes nem existe para fazer uma graça. E quer saber, tudo bem porque pode ser divertido de qualquer maneira, com um amor só ou com vários.

Enquanto eu escrevia este texto passava pela minha mente meus inúmeros amores, os vividos e os não vividos e definitivamente este texto tem algumas donas. Mulheres que eu namoro e que nem sabem que estão namorando comigo, mulheres que eu amo e com quem me relaciono sem nenhuma conotação sexual mas que são laços afetivos para sempre, mulheres que eu beijei e guardei no meu coração e aquelas que entraram na minha vida por um momento apenas mas fazem parte de grandes amores. Existem abraços que eu gostaria de dar, beijos que eu gostaria de distribuir, a noite de hoje seria perfeita para dormir de conchinha ou pra ver filmes impregnados de açúcar, mas ai começa o problema de logística que vai ficar pra um outro texto. Este aqui foi escrito para as mulheres da minha vida e mesmo que eu AINDA não tenha nomeado o inominável eu tenho CERTEZA que vocês sabem quem são então a todas: Feliz dia das namoradas 

“Ah! Mainha, deixa o ciúme chegar
Deixa o ciúme passar e sigamos juntos
Ah! Neguinha, deixa eu gostar de você
Pra lá do meu coração
Não me diga nunca não”

Nosso estranho amor – Caetano Veloso

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