Havia prometido no outro blog, contar como Pedrão nasceu. Então agora farei isso (não esqueci não viu Carol).
Pedro estava previsto para chegar no dia 23/07/2006, minha gravidez foi marcada por uma confusão de médicos, uma me abstraiu e eu mudei de médico, este então falava apenas das minhas chances de morrer, de ter eclâmpsia e pressão alta, e como eu me sentia bem eu não conseguia acreditar nele e mudei de médico de novo , isso no 6 mês de gravidez. Enfim havia me acertado.Tudo sossegado, tranqüilo era então só aguardar o bebê. Na 33º semana de gravidez senti um pouco de dor e achei que ele ia nascer, fomos ao hospital e ao médico e eu estava com 2 cm de dilatação, mas era muito cedo para o nascimento . Comecei a tomar cortina para preparar o pulmão do bebê caso nascesse prematuro e voltei para o repouso (já havia ficado de repouso na sexta semana de gravidez pois tive um sangramento).O problema do repouso é que eu queria decorar o quarto do bebê , lavar e passar todas as roupinhas, lavar as cortinas da casa deixar tudo um brinco pois Pedrão chegaria em breve. E foi isso tudo o que eu fiz, falhando no meu repouso.No dia 26-06-06 eu estava passando aspirador de pó pela casa quando senti uma ligeira dor. Achei que era mais um alarme falso porque “pelo que diziam” o trabalho de parto era absurdamente dolorido, então já que não era nada fui colocar as cortinas no lugar, lavar o quintal, guardar as roupinhas do bebê e me preparar pois as 14:45 eu tinha uma consulta marcada com o obstetra e eu torcia para ele pedir mais um ultrassom para eu ver o meu menino que a esta altura eu imaginava que já estaria perfeito.12:00 maridão liga eu digo que estou com dor mas vou esperar o Dr. Dzonet chegar ao consultório para saber se eu deveria ir até a minha consulta ou deveria fazer algum outro exame na maternidade.Bom de 12:00 até a 13:00 a dor aumentou absurdos , ai cheguei a conclusão de que deveria ir para a maternidade , que havia algo errado (a ficha ainda não tinha caido que o bebê estava nascendo).Tomei banho, e a dor aumentava, vesti a roupa mais fresca sem me secar, estava com um calor digno do verão da Bahia e na realidade devia estar uns 15 graus. Liguei pro André me disseram que ele estava em horário de almoço (e ele estava lá me esperando ligar tadinho). Chamei um táxi, estava descabelada e de chinelo, impossível com meu clássico barrigão pensar em abaixar e colocar um sapato. Já no táxi disse pro motorista que queria ir para a maternidade porque achava que meu filho estava nascendo. O taxista se desesperou e correu, felizmente, mas a cada ondulação do caminho eu rezava para no hospital eu receber drogas poderosas.Cheguei na maternidade e fui indo para sala de emergência, as moças da recepção já me conheciam fiz um curso na maternidade e fui muitas vezes até lá durante a gravidez. Na sala de emergência minha bolsa d’agua estourou e as contrações começaram a não ter mais fim, a médica que me atendeu chamou o meu obstetra e ligou para o André, minha maior preocupação era que alguém avisasse para ele que o filho nasceria naquele dia .O obstetra chegou em 5 minutos , foi incrível, o anestesista já esta na sala, me aplicaram a anestesia pois poderia demorar um pouco para o Pedro chegar. O Dr. então me disse que não daria tempo para mais nada, fez a episiostomia e me pediu para fazer força, as enfermeiras me indicaram onde segurar e eu me preparei pra fazer força como nos filmes e novelas, em vão, mal tinha feito força e o anestesista disse – Parabéns é um menino lindo e perfeito. Pensei – Como assim ele já nasceu. E ai enrolaram meu pequeno e trouxeram perto de mim para segurar e ele que estava chorando parou imediatamente. O amor que já existia aumentou. O pediatra levou ele para o teste de apgar e outros exames já que ele era prematuro, com 36 semanas, mas não precisou de nada, nem incubadora. Me contaram então que o pai havia chegado, UFA, me devolveram o Pedro que já começou a mamar (e não parou mais até hoje) e fomos par o quarto onde o andré estava nos aguardando. Ele teve a perspicácia de passar em casa fazer a minha mala e a do bebê e seguir para maternidade.Naquele apartamento éramos 3 pela 1º vez. Colocando assim em tecladas é impossível descrever exatamente o que é escutar o 1º choro, tocar o rostinho do bebê pela 1º vez. É preciso viver ou presenciar a coisa toda. Cada segundo de dor é recompensado pela alegria de ter o bebê nos braços. Sem duvida alguma foi o momento mais importante da minha vida.
Ah, só para constar : cheguei na Maternidade as 13:40 h. Pedro nasceu as 14:01. 


1 semana antes do Pedro Nascer

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