Sou blogueira a muitos anos, desde 1998. Lembro de porque comecei a escrever e como me fazia bem. Nunca fui de ter inúmeros amigos e basicamente me sino confortável demais na minha própria cabeça. Ainda não sei como me tornei uma comunicadora.
Escrevo, ou escrevia, abandonei o habito de escrever todos os dias. Me incomoda demais escrever com mais gente por perto, as vezes consigo, as vezes não. Vivo no dilema do : o que vão pensar quando lerem isso. Morro de vergonha. Vergonha da pessoa que eu sou. Desde sempre. Nunca releio o que escrevi, sempre peço ajuda pra alguém me contar ou lembrar sobre aquilo que escrevi.
Faz tempo que queria retomar a escrita, não sabia como fazer. Amargando uma depressão de não sei quanto tempo, me manter “em atividade” exteriormente não me impede de ter um interior cinzento. Mas sempre acreditei na escrita como ferramenta de mudança, então estou aqui me desafiando.
Quero tentar escrever sobre tudo e sobre nada e que seja diariamente. Escrever pra mim e não porque sou obrigada a escrever ou pra cumprir uma tarefa. Sempre foi algo meu e quero que volte a ser meu.
Pela minha cabeça passa: mas não é infantil demais manter um diário virtual, mas você é desenvolvedora wordpress mas ama a estética do blogger, você acredita que não existe uma beleza padrão mas deseja emagrecer, você quer uma vida menos tecnológica mas quer aprender novas linguagens de programação e muito mais sobre segurança da informação. Quero coisas diferentes, amo coisas diferentes e não quero mais questionar o que gosto ou deixo de gostar ou o que eu quero pra mim por medo do julgamento alheio, da critica cruel, de gente me contando o que é bom ou ruim.
Bloggar é exercício de descoberta pra mim, pra acalmar os medos, me organizar na bipolaridade. Vou escrever pra me manter lucida e provavelmente me afastar muito da Maria Rita que sou hoje simplesmente porque ela é moldada pelo meio.