Todas as festas felizes demais

Eu não tenho escrito muito por aqui, mas existe a possibilidade de que eu escreva bem menos daqui pra frente.
Inspiração até há, mas também existem alguns assuntos que não podem ser comentados.” AQUELES DOS QUAIS NÃO FALAMOS”, mas que dariam linhas e mais linhas de pensagens por aqui.
A quem possa interessar está tudo bem, seguindo o curso natural da vida.Alguns conflitos, alguns dilemas, algumas alegrias, mudanças de 5 em 5 minutos, o estresse destas mudanças todas, dias abastados, outros nem tanto.Posso adiantar que tenho inúmeras coisas que me fariam chiar e desistir de tudo (como sempre por achar que o que me causa problemas ou alguma preocupação não merece ser vivido), mas tenho outras tantas coisas que tenho apenas a agradecer.
No dia de hoje queria apenas poder deitar e dormir, umas 36 horas sem a interrupção do mais delicado dos passarinhos.Estou cansada.Cansada de ter o que resolver, cansada do ir e vir dos dias, cansada de sono, dos compromissos, das vozes todas.Vocês se lembram daquelas tão sonhadas férias que não chegavam nunca, e ainda não vieram?Pois então estou providenciando férias por conta própria.Depois de longos 3 anos.
E o caso é que não vou mais trabalhar aqui, então talvez não publique mais posts por aqui.Comprei um caderno com a intenção de escrever mais, mas os motivos da escrita não são mais tão interessantes.Pois é, detesto quando isso acontece, mas acontece o tempo todo.Li ontem mesmo “A felicidade não é deste mundo”.Vai ver não é mesmo, mas eu achava tão possível.
Acho que depois de amanhã, vou estar descansada e acho que o dia vai estar menos cinza e chato.
Hoje de manhã disse algo para minha mãe que eu guardava a anos , mas claro não teve efeito nenhum.É engraçado, quando alguém erra, estraga algo, tem problemas ai a pessoa é que é “estragada” e não sabe fazer nada.Quando é ela que perde,esquece,estraga ai o problema é da vida, da correria e claro dos outros.Engraçado né?Eu achei e ri pra não chorar e percebi que estou cercada de pessoas assim.Ou vai ver que todo mundo é assim.Porque quando me torram dizendo que eu errei, que eu perdi, que eu não fiz normalmente eu não tenho uma desculpa plausível e se eu tenho ninguém concorda com ela mesmo , ai eu deixo as pessoas chiarem, mas talvez como no papel que eu peguei um dia numa arvore de mensagens eu apenas desista facilmente de melhorar aqueles que eu amo, por achar que não vale a pena falar a quem não nos dá ouvidos.É algo a ser trabalhado.Pra ter uma idéia 10 minutos depois do comentário ,minha mãe me ligou pra dizer que achou o que havia desaparecido ( porque ela nunca perde) e que só não lembrou onde estava porque tem muita coisa pra fazer e corre demais.Bom que seja.Continuo amando as pessoas com suas imperfeições mais gritantes, mas continuo achando que as minhas devem ser mais gritantes porque causam situações de desanimo.
Estou escrevendo coisas desconexas, não sei se estou feliz ou triste.Vou apenas seguir ok?!
Quando eu era menos eu queria usar aparelho, andar de muleta, cadeira de roda , usar óculos e ser muda.
Motivos para:

Usar aparelho : eu achava lindo o sorriso metálico da minha irmã.Parecia interessante por demais.
Usar muleta : parecia brinquedo
Andar de cadeira de rodas : Parecia prático, eu tinha quase certeza que depois de um tempo todos voltavam a andar, triste.
Usar óculos: pelo incrível ar de inteligência que ele dava a qualquer Zé mane
Ser muda: porque sempre que eu abro a boca alguma coisa catastrófica acontece dentro de mim mesma, a comunicação definitivamente é uma arte , e esta arte eu não possuo, ou eu não sei me expressar e falo demais ou falo de menos.

Isso foi na 2 série , lembro que estudava com a Tia Ivani , que gritava mas eu nunca quis ser surda.De todas essas vontades a única que perdura é a de ser muda e apenas ouvir .Agradeço claro por ter o privilégio da fala, mas ainda continuo achando que se não a tivesse e que se de preferência não soubesse escrever (só ler) eu seria bem mais feliz.Acho que o meu impulso de expressar opiniões já não me agrada tanto.
No colégio, na facul eu lembro que eu queria participar de tudo o que pudesse levar minha palavra ao Maximo de pessoas possíveis.Hoje se pudesse elas não chegariam a ninguém.É a fadiga acho eu.
Só sinto saudades das cartas que eu escrevia, pelo prazer de serem lidas e apreciadas e acima de tudo respondidas.Sinto falta dos meus amigos que estão em Itu, queria poder ver a Bebê Gabriela do meu amigo Eugênio.Ou pelo menos que ele ainda respondesse as minhas cartas.Espero encontrar na minha nova vida tempo para reatar laços.Na verdade nem espero, eu preciso reatar laços com ou sem tempo.
Dando uma olhada nas pessoas que me encontram no orkut, eu vejo quanta gente passou pela minha vida e como tão pouca gente ficou.
Vou fazer meu exame demissional agora e quem sabe voltar a escrever mais tarde , ou não.
Ah mas continuo atendendo no mail mocokinha@hotmail.com e sexta dia 03 estarei num cinemark qualquer vendo a Bridget Jones CLARO!

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