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Escrevo para não enlouquecer, sobre coisas que já me enlouqueceram

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outubro 8, 2002

Está ventando…que emoção.

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Oi, meu nome é Maria Rita,

mas pode chamar de Hitz. Eu escrevo para não enlouquecer sobre coisas que já me enlouqueceram.

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É recente a sensação de que não preciso me pro

É recente a sensação de que não preciso me proteger o tempo todo (recente e sutil). O que tem me dado esse tipo de sensação é talvez aquilo que eu tenho mais medo no mundo: gente.

Eu tenho medo de gente, pavor. Na minha mente, se alguém tem a oportunidade de fazer o mal pra outra pessoa inconsequentemente, ela simplesmente fará. E eu vivia assim, pronta pro momento em que uma faca me atravessaria e estando pronta eu só ignorava, até porque eu acreditava também que era o normal. Meu medo de pessoas não me impedia de estar perto delas, mas o desconforto era constante. Mas eu achava que todo mundo vivia assim, vida adulta, a gente se esforça e só segue. Eu não deveria querer nada melhor porque simplesmente isso não existia.

Mas ai permiti abrir meu mundo pra um teste, e nesse momento eu estou convivendo com pessoas que me mostram todos os dias que eu não sou pombo pra viver de migalha.

Essas pessoas me dão a segurança que eu queria ter sentido em outros momentos pra, só de saber que elas estão por perto, me sentir bem o suficiente pra ficar nesse kikiki da foto com um completo desconhecido.

Como é bom poder viver experiências sem se a chacota, o alvo, o assunto. Sem ter medo do momento que minha experiência fora de casa vai virar um desgaste. A gente acha que só crianças se comportam assim, mas se a gente olhar bem de perto a diferença que o tempo traz pra maioria de nós são só os boletos pra pagar 😅

To feliz com os novos ventos, o suficiente pra conhecer gente nova, pra descobrir lugares novos, pra viver historias novas e pra usar roupa que não serve mais e me sentir linda.

Agora por fora eu pareço exatamente como me sinto por dentro : três crianças uma no ombro da outra enfiada na camisa do pai.

Só posso agradecer a quem está, da vontade de estar ❤️

CATARSE Dicionário (Hoje) substantivo feminino

CATARSE

Dicionário

(Hoje) substantivo feminino (negro)

1.
PSICOLOGIA

liberação de emoções ou tensões reprimidas, comparável a uma ab-reação.

2.
na religião, medicina e filosofia da Antiguidade grega, libertação, expulsão ou purgação do que é estranho à essência ou à natureza de um ser e que, por isso, o corrompe.

(Entendedoras, entenderão)

✨ De sexta - (montada e desmontada) ✨

✨ De sexta - (montada e desmontada) ✨

Hoje é um daqueles dias que parece saído direto

Hoje é um daqueles dias que parece saído direto de um filme – e não qualquer filme, mas um daqueles que você sente no fundo do coração, que te faz rir, chorar, e te deixa com aquela sensação calorosa de que tudo vai ficar bem. Hoje, você completou 18 anos, e eu não poderia estar mais orgulhosa.

Se fosse um roteiro, este seria o momento em que a câmera faz uma montagem rápida dos últimos 18 anos. A primeira cena seria do seu nascimento – um instante de pura magia e caos, onde eu me dei conta de que minha vida nunca mais seria a mesma. Eu me lembro de segurar você pela primeira vez, aquele pacotinho de possibilidades infinitas, e pensar: “ISSO é amor.”

Corta para você dando seus primeiros passos, falando suas primeiras palavras (e uma pancada de outras sempre num quiquiqui infinito), indo para a escola e colhendo a mesma uma flor num mato qualquer na calçada todos os dias pra me entregar. Há tantos momentos que poderiam compor essa montagem...

E então chegamos aqui, ao seu 18º aniversário. A idade adulta está batendo à sua porta, e eu vejo um jovem incrível, cheio de ideias, ambições, e, claro, aquele senso de humor que ilumina qualquer sala. Você está pronto para escrever o próximo capítulo da sua história, e eu mal posso esperar para ver o que vem por aí.

Se eu pudesse dar um conselho, um daqueles momentos de sabedoria que todos os pais esperam que seus filhos levem para a vida, seria este: seja sempre fiel a quem você é. Não tenha medo de seguir seus sonhos, de cometer erros, de rir de si mesmo. E, acima de tudo, não esqueça que, não importa onde a vida te leve, eu sempre estarei aqui, pronta para ouvir suas histórias, rir das suas piadas e apoiar suas decisões.

Parabéns pelos seus 18 anos, @casazss . Que sua vida seja tão cheia de momentos inesquecíveis quanto um bom filme de comédia romântica (nada dessas coisas lacrimosas que você gosta), daqueles que aquecem o coração e fazem a gente acreditar que o mundo é um lugar incrível.

Tudo que eu queria do mundo era MARAVILHA e ai eu ganhei você.

Que nossas conversas nunca terminem.

Com todo meu amor, sua mãe ❤️

De dois em dois anos eu perco tudo. Tem sido assim

De dois em dois anos eu perco tudo. Tem sido assim há algum tempo. Perco dinheiro, casa, emprego, pessoas, relacionamentos. Assim, tudo ao mesmo tempo.
Quando isso acontece eu também me perco de mim mesma. Deixo entrar ideias que não são minhas, sentimentos inventados, vontades que não são minhas.
Invariavelmente eu me recupero, mas parece que fica faltando pedaço.
Demorou muito pra entender que o problema não está em bater no fundo do poço, eu sou boa em sair desse lugar, o problema é não subir inteiramente eu mesma.
Tenho resgatado miudezas do meu “pano de guardar confetes”. Escritos, pessoas, lembranças, histórias. Quase um documentário pessoal, pra contar pra mim mesma a minha própria história, e parar de cair na armadilha de que me nomeiem, que falem sobre mim sem sequer me olhar e acima de tudo sem ouvir.
Sobre o fundo de poço, até que não é tão fundo assim dessa vez, tá dando pé. Eu ainda não sei exatamente o COMO, mas eu sei os porquês. Sempre sei os porquês.

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@hitzs____

É recente a sensação de que não preciso me pro

É recente a sensação de que não preciso me proteger o tempo todo (recente e sutil). O que tem me dado esse tipo de sensação é talvez aquilo que eu tenho mais medo no mundo: gente.

Eu tenho medo de gente, pavor. Na minha mente, se alguém tem a oportunidade de fazer o mal pra outra pessoa inconsequentemente, ela simplesmente fará. E eu vivia assim, pronta pro momento em que uma faca me atravessaria e estando pronta eu só ignorava, até porque eu acreditava também que era o normal. Meu medo de pessoas não me impedia de estar perto delas, mas o desconforto era constante. Mas eu achava que todo mundo vivia assim, vida adulta, a gente se esforça e só segue. Eu não deveria querer nada melhor porque simplesmente isso não existia.

Mas ai permiti abrir meu mundo pra um teste, e nesse momento eu estou convivendo com pessoas que me mostram todos os dias que eu não sou pombo pra viver de migalha.

Essas pessoas me dão a segurança que eu queria ter sentido em outros momentos pra, só de saber que elas estão por perto, me sentir bem o suficiente pra ficar nesse kikiki da foto com um completo desconhecido.

Como é bom poder viver experiências sem se a chacota, o alvo, o assunto. Sem ter medo do momento que minha experiência fora de casa vai virar um desgaste. A gente acha que só crianças se comportam assim, mas se a gente olhar bem de perto a diferença que o tempo traz pra maioria de nós são só os boletos pra pagar 😅

To feliz com os novos ventos, o suficiente pra conhecer gente nova, pra descobrir lugares novos, pra viver historias novas e pra usar roupa que não serve mais e me sentir linda.

Agora por fora eu pareço exatamente como me sinto por dentro : três crianças uma no ombro da outra enfiada na camisa do pai.

Só posso agradecer a quem está, da vontade de estar ❤️

CATARSE Dicionário (Hoje) substantivo feminino

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(Hoje) substantivo feminino (negro)

1.
PSICOLOGIA

liberação de emoções ou tensões reprimidas, comparável a uma ab-reação.

2.
na religião, medicina e filosofia da Antiguidade grega, libertação, expulsão ou purgação do que é estranho à essência ou à natureza de um ser e que, por isso, o corrompe.

(Entendedoras, entenderão)

✨ De sexta - (montada e desmontada) ✨

✨ De sexta - (montada e desmontada) ✨

Hoje é um daqueles dias que parece saído direto

Hoje é um daqueles dias que parece saído direto de um filme – e não qualquer filme, mas um daqueles que você sente no fundo do coração, que te faz rir, chorar, e te deixa com aquela sensação calorosa de que tudo vai ficar bem. Hoje, você completou 18 anos, e eu não poderia estar mais orgulhosa.

Se fosse um roteiro, este seria o momento em que a câmera faz uma montagem rápida dos últimos 18 anos. A primeira cena seria do seu nascimento – um instante de pura magia e caos, onde eu me dei conta de que minha vida nunca mais seria a mesma. Eu me lembro de segurar você pela primeira vez, aquele pacotinho de possibilidades infinitas, e pensar: “ISSO é amor.”

Corta para você dando seus primeiros passos, falando suas primeiras palavras (e uma pancada de outras sempre num quiquiqui infinito), indo para a escola e colhendo a mesma uma flor num mato qualquer na calçada todos os dias pra me entregar. Há tantos momentos que poderiam compor essa montagem...

E então chegamos aqui, ao seu 18º aniversário. A idade adulta está batendo à sua porta, e eu vejo um jovem incrível, cheio de ideias, ambições, e, claro, aquele senso de humor que ilumina qualquer sala. Você está pronto para escrever o próximo capítulo da sua história, e eu mal posso esperar para ver o que vem por aí.

Se eu pudesse dar um conselho, um daqueles momentos de sabedoria que todos os pais esperam que seus filhos levem para a vida, seria este: seja sempre fiel a quem você é. Não tenha medo de seguir seus sonhos, de cometer erros, de rir de si mesmo. E, acima de tudo, não esqueça que, não importa onde a vida te leve, eu sempre estarei aqui, pronta para ouvir suas histórias, rir das suas piadas e apoiar suas decisões.

Parabéns pelos seus 18 anos, @casazss . Que sua vida seja tão cheia de momentos inesquecíveis quanto um bom filme de comédia romântica (nada dessas coisas lacrimosas que você gosta), daqueles que aquecem o coração e fazem a gente acreditar que o mundo é um lugar incrível.

Tudo que eu queria do mundo era MARAVILHA e ai eu ganhei você.

Que nossas conversas nunca terminem.

Com todo meu amor, sua mãe ❤️

De dois em dois anos eu perco tudo. Tem sido assim

De dois em dois anos eu perco tudo. Tem sido assim há algum tempo. Perco dinheiro, casa, emprego, pessoas, relacionamentos. Assim, tudo ao mesmo tempo.
Quando isso acontece eu também me perco de mim mesma. Deixo entrar ideias que não são minhas, sentimentos inventados, vontades que não são minhas.
Invariavelmente eu me recupero, mas parece que fica faltando pedaço.
Demorou muito pra entender que o problema não está em bater no fundo do poço, eu sou boa em sair desse lugar, o problema é não subir inteiramente eu mesma.
Tenho resgatado miudezas do meu “pano de guardar confetes”. Escritos, pessoas, lembranças, histórias. Quase um documentário pessoal, pra contar pra mim mesma a minha própria história, e parar de cair na armadilha de que me nomeiem, que falem sobre mim sem sequer me olhar e acima de tudo sem ouvir.
Sobre o fundo de poço, até que não é tão fundo assim dessa vez, tá dando pé. Eu ainda não sei exatamente o COMO, mas eu sei os porquês. Sempre sei os porquês.

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