Muita coisa aconteceu desde o ultimo escrito, muita.
Agora eu faço cursinho, faço semi . Ninguém fala comigo, sorri ou dá bom dia. Pois é tipo uma exclusão mesmo. não faz mal, sou o ser mais estranho de lá. Eu olho pra todos os alunos e parece tudo tão artificial. E imagino quantas pessoas já passaram pela minha vida num tempo atras e me olharam como eu vejo a “molecada” hoje na sala.
O grande barato é que todos se parecem, ficaram amigos entre si com uma facilidade absurda. Estranho, pra não dizer bizarro. Cada dia sinto mais falta dos meus amigos. Alias esse cursinho já rendeu aos meus ouvidos a pior frase que Curitiba poderia me proporcionar e o mais triste é ela ter saído de uma boca tão jovem. Eu estava chegando no Largo da Ordem , bem perto do cursinho, e junto comigo tinham 2 garotos caminhando do meu lado ( igualmente atrasados) , quase na porta do cursinho eu escuto a pérola ” Odeio gente morena , parece favelado, deve ter bolsa “. Fim do mundo, da picada, de tudo. O termo negro nem deve existir na cabecinha dessa figura bombadinha e vestida de forma idêntica a do coleguinha. Nem perdi meu tempo fui pra minha aula que eu ganhava mais, mas foi uma sensação de ódio única por um instante, mas passou , e fiquei até feliz, porque com uma mente astuta dessa e retrograda, a chance dele entrar e qualquer Uniesquina é remota. Menos 1 cadidato/vaga. Semana passada , aqui em casa a gente estava falando sobre o lance do “Amar ao próximo como a si mesmo” , e eu comentei que a gente está muito longe disso, que seria o ideal mas está cada dia mais distante, depois desse comentário eu passei a imaginar que o amar ao próximo (qualquer próximo) deve até entrar na mente das pessoas e elas até tentam praticar ( algumas) só que o problema é :QUEM algumas pessoas consideram o próximo?
Esse tipo de coisa me faz querer voltar pra São Paulo, as vezes gosto daqui, estas 2 semanas não foi o caso. Acho que sempre vou achar que falta alguma coisa por aqui. De fato falta , e não é pouca coisa .Mas o principal é a hospitalidade e o respeito às diferenças. Não tenho e nunca vou ter os padrões desta cidade, mas vão ter que me engolir. Mas já está tudo bem , e aqui nem é tão ruim assim ( mas nunca vai ser São Paulo – nem com todo o esforço).
O meu desgostar gerou uma certa confusão, coisas guardadas que precisavam sair das mesmas gavetas mentais de sempre. Várias palavras amargas ditas e descobri que não era só eu quem guardava coisas em gavetas trancadas. Feridas cutucadas no mais fundo . Mas tudo bem, existem coisas que precisam mesmo ser ditas. Quem sabe agora com “os pés no chão” eu arrumo ” alguma perspectiva” ? Talvez o meu problema seja ser intolerante demais com as coisas que eu quero, e tolerante demais com as pessoas que quero bem.
Quem sabe eu não mudo, me torno menos inconstante até pra mim? Eu vivo do tentar, do arriscar e não consigo me forçar a coisas que eu não gosto, a maioria das pessoas nem vive com grandes paixões, mas eu preciso delas.
Assisti mais uma vez a Quase Famosos, e dessa vez percebi a absurda semelhança entre a minha persona e a da Penny Lane : soos apaixonadas, temos um sorriso de pirata e nós mentimos para os outros e pra nós mesmas. Talvez eu demore um pouco mais pra” ir pro Marrocos”.
Ah pintamos meu escritório, e recebemos algumas fotos do casamento. O escritório ficou lindo , amarelinho, um trabalho brilhante em equipe, dá vontade de ficar aqui dentro e não sair mais.
Mas é tarde e hoje é dia de ir as compras , portanto …
Tiny Dancer
Elton john
Blue jean baby, L.A. lady, seamstress for the band
Pretty eyed, pirate smile, you’ll marry a music man
Ballerina, you must have seen her dancing in the sand
And now she’s in me, always with me, tiny dancer in my hand
Jesus freaks out in the street
Handing tickets out for God
Turning back she just laughs
The boulevard is not that bad
Piano man he makes his stand
In the auditorium
Looking on she sings the songs
The words she knows, the tune she hums
But oh how it feels so real
Lying here with no one near
Only you and you can’t hear me
When I say softly, slowly
Hold me closer tiny dancer
Count the headlights on the highway
Lay me down in sheets of linen
you had a busy day today
Blue jean baby, L.A. lady, seamstress for the band
Pretty eyed, pirate smile, you’ll marry a music man
Ballerina, you must have seen her dancing in the sand
And now she’s in me, always with me, tiny dancer in my hand