Creonças o que meu amado Lenny (Kravitz) fez no cabelo?Senhor que horrível.Influência do Outcast, o cara tinha que se chamar André né?!Acabou tudo, gostar de gay é uma coisa, mas homem que faz chapinha?!!!Ô Lenny como pode, sua mãe não te criou pra isso.Ou criou, vai saber, dizem que a gente demora pra conhecer de verdade as pessoas, não que eu conheça o Lenny e sua família, mas mesmo assim me sinto intima a ponto de poder palpitar.
Falando em gostar de gay, my friend ilustrou com maior clareza do que meus pais um belo motivo para que eles estejam me achando perturbada, e sou obrigada a concordar.Talvez tornar a vida um livro aberto não seja tão boa idéia, principalmente quando não há segredo seus para com sua mãe, que ganha status de melhor amiga e não de mãe.E sabendo o que ela sabe e apesar da aparente tranqüilidade com relação a tudo isso acho que agora ela não esta aceitando muito bem.E nem acho que deva.Só acho que estão sendo um pouco radicais nas opções que me deram e no glorioso tratamento de choque que segue.O mais estranho é que eu não sei exatamente o que aconteceu.Foi tipo um surto do nada.Ou nem tanto do nada.É como se tivessem planejando isso há muito tempo.
Ontem durante a minha longa viagem do serviço até minha casa estive pensando em como as coisas mudaram em menos de 2 anos.Assistir a isso de camarote não deve ser bolinho.Quer dizer deve rolar mesmo uma dificuldade de aceitação.Mas acho que o pior foi eu ter dito que não sou eu que sigo a mente alheia, na verdade eu meio que imponho minha idéia como perfeita e tem que ser assim tipo “a bola é minha e ninguém brinca”.
Nesta mesma viagem lendo Lygia Fagundes Telles pensei obviamente em relacionamentos.Alias é o assunto do momento, sempre é.Acho que no meio de muito pó e bagunça, lá no fundo sei que sou capaz de encarar um relacionamento sólido e duradouro.É sim, há quem diga que no meu peito tem um paralelepípedo, que eu não me comovo, mas nem é verdade, quem me conhece mesmo sabe disso.Bom durante a longa viagem entrou no ônibus, um homem com cara de professor ou algo do gênero e pela primeira vez me chamou a atenção ,eu pensei “É isso que eu quero”.Sim alguém que me guie, que me fale pra que servem as coisas, de onde elas vêm e do que são feitas.Alguém que me leve pra ver Benjamim numa tarde de chuva e depois tomar um café, porque amo café e porque é uma coisa pseudo-chic-intelectual.Quero alguém que conheça o mundo ou parte dele, que saiba mais do que eu, que goste de Renoir e de Monet (e saiba diferenciar Monet e Manet).Quero uma companhia que seja mesmo companhia, que fale muito e escute mais ainda.Nunca entendi a loucura das minhas amigas por homens mais velhos, mas agora faz sentido, eu dizia que elas não queriam namorados, queriam um pai, mas não é bem assim, não mesmo.Ontem este homem me fez rever meus conceitos e ver que relacionamentos fazem falta por isso, o prazer da companhia para as pequenas coisas, é completamente diferente de ter amigo.Amores são diferentes.Falo de amor, não de paixãonzinha, tesão ou sentimentos de posse (próprios da minha pessoa).Frederico dizia que é impossível viver sem metas porque se as metas não existem a gente não tem aonde chegar, sempre achei muito sensata esta afirmativa e até tentei durante muito tempo com minhas resoluções futuras, só que elas nunca foram muito sérias.Talvez eu esteja velha demais para brincar com as minhas decisões, até agora está tudo relativamente muito fácil embora existam pilhas de contas pra pagar todos os meses e o mais cruel, a obrigação de quitar todas porque não estou bancando para mim, é mãe, pai, irmão, 30 bichinhos domésticos e agregados, mas ainda é pouco.Claro que preciso de oriehnid (falar coisas ao contrário para trazer boa sorte oriehnid, oriehnid, oriehnid li num livro, quem sabe), mas penso que era o momento de estar me fodendo com minhas próprias contas, ou tentando comer um cachorro-quente num país ou estado distante, aquela coisa de aprender na dor, mas minha vida não tem disso.Frederico me mudou pencas porque falava na minha cara o que pensava a meu respeito e o que poderia ser melhorado porque assim eu venceria, nada desse lance de me tornar um ser humano melhor e todo aquele blábláblá do Maik, ele fazia isso porque gostava de mim além do nosso relacionamento e se preocupava comigo com uma outra visão, eu não tinha que melhorar para ele tinha que melhorar para mim, e no dia em que ele não estivesse por perto teria que continuar vivendo.Foram meses de crescimento para mim, talvez por isso tenha ficado presa nele, me dava um rumo.Mas o fato é separar os que são os outros e o que sou eu, e eu simplesmente não consigo.Precisaria de um tempo mergulhado em solidão para organizar a mente, me descobrir.
Eu tenho uma facilidade imensa de me adaptar aos outros, gostar das mesmas coisas, ir aos mesmos lugares e acabo nunca estando plenamente feliz, porque não sou eu.Porque não nasci borboleta, agora era só entrar no casulo e sair bonita por ai, sabendo que de borboleta não dava pra transformar em mais nada.Certezas é disso que preciso certezas.
Vou encontrar as MINHAS coisas até por uma questão de honra, jogar o velho fora e colocar tudo de novo no lugar.Neste final de semana estarão todos no Skol Beats e eu vou estar no meu quarto chorando potes e me desfazendo das caixinhas coloridas, das fotos gastas, de toda aquela papelada sem razão de ser.
Escolhi um doutorzinho, na verdade uma doutora, que já gritou comigo.Pediu-me o numero de matricula do convênio e eu dei uma de Sassá Mutema(Ieu?Ieu?Ieu?)e perguntei umas 3 vezes que raio de número era .Estressei a mulher antes da primeira consulta.Parece ser do tipo das que não se comovem, mal sabe ela que sou do tipo das que não sentem nada.E lá vou eu na terça feira encarar o touro de frente.Do que será que vou falar, olhando a coisa por um outro prisma, pelo tamanho do post acho que preciso mesmo de alguém para conversar não?!
Enquanto isso não acontece olha minha cara de tristeza.Na verdade sou do tipo das que não aprendem mesmo.
“Ah querido ame uma p mas não ame uma neurótica que a p pode virar santa mas a neurótica”
CategoriasSem categoria